Desventuras de um Pêndulo em busca da Galafura perdida

Depois do Marão e de uma magnífica fralda de vitela como não comia há muito, com jarro de vinho da casa, café e pudim, tudo por €18 duas pessoas, em Vila Real, seguiu para a Régua para visitar S. Leonardo da Galafura. O desgraçado não se lembrava bem do caminho, de forma que perguntou a um idoso à saída da Régua. "Passa a ponte ali à frente e vira para a direita". Primeiro erro.
Os quilómetros sucediam-se e ele pensava "Não me lembro nada da estrada ser junto ao Douro" de forma que perguntou a uns jovens numa camioneta de transporte de uvas " Não era por aqui mas também dá. Tem um ramal ali adiante e vira para lá. Quando chegar a Covelinhas pergunte". O pendente virou na primeira que viu. Segundo erro. A estrada era da largura de um carro e a pique. Quando viu estes senhores na vindima


pensou logo em perguntar o caminho. Mais feliz ficou ao ver um deles atravessar a estradinha mais acima para ir vindimar do outro lado. Logo o Pêndulo estacionou cautelosamente para o carro não despencar por ali abaixo e foi ter com o senhor que vindimava acocorado pensando em como há trabalhos duros:
- Galafura ? Vou bem ?
E obteve como resposta uns aflitos " Não é por aqui ! Não é por aqui ! Não é por aqui !" enquanto uma mão agitava freneticamente uma folha de videira pronta a ser usada. O Pêndulo saiu logo a dizer para si "P.. de sorte a minha !" assim como o desgraçado e quase jurava ter visto escrito na parra " Renova, folha dupla"....